Casal é preso suspeito de agredir, trancar em casa e obrigar criança a fazer trabalhos domésticos
Vítima, de 11 anos, era alimentada somente com ovos ou restos de comida. Prisão ocorreu na quarta-feira (31). Ocorrência foi registrada como maus-tratos, violência psicológica e redução a condições análogas à escravidão.
Um casal, de 24 e 35 anos, foi preso suspeito de agredir e obrigar uma menina, de 11, a fazer os trabalhos domésticos em casa em São José do Rio Preto (SP). A vítima ainda era alimentada somente com ovos ou restos de comida, e ficava trancada na residência. A prisão ocorreu na quarta-feira (31).
Segundo a delegada responsável pelo caso, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), Cristina Helena Spir, a menina foi trazida pelo casal do interior do estado do Maranhão para estudar há mais de um ano. Contudo, ela não frequentava a escola e era proibida de sair de casa.
Delegada Cristina Spir, da DDM de Rio Preto (SP) — Foto: João Selare/TV TEM
Conforme a delegada, o crime foi descoberto pela polícia depois que a menina passou em consulta com uma dentista na Unidade Básica de Saúde (UBS). Na unidade, ela não estava acompanhada de um familiar e não portava documentos.
“A menina disse que era agredida e ofendida por essa investigada, que seria parente dela. Um inquérito foi instaurado no dia seguinte. Aparentemente, o homem é primo da vítima, ou seja, sobrinho do pai ou padrasto dela”, explicou a delegada.
Ainda conforme a delegada, a vítima informou que era agredida com socos e tapas, xingada, além de ter desaprendido a ler e escrever. O casal negou o crime e disse que ela não frequentava a escola porque a guarda não foi oficializada.
A Justiça pediu que a criança fosse retirada da residência. Ela foi levada pelo Conselho Tutelar para um projeto social, onde ficará abrigada. O casal foi preso preventivamente e levado para a carceragem da Delegacia Especializada em Investigações Criminais (Deic).
Segundo as investigações, a mulher apontada como participante dos crimes é companheira do suspeito.
A ocorrência foi registrada como maus-tratos, violência psicológica e redução a condições análogas à escravidão.
Por g1 Rio Preto e Araçatuba
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